S.O.S da Criançada

Como agradar às crianças neste Natal sem ter dor de cabeça:



Mãe, esse é caro?”, pergunta Pedro Henrique, de 5 anos, à pedagoga Jerusa Vieira, 44, sobre o brinquedo que escolhe na loja. Para ele, a noção de caro e barato está relacionada com a resposta da mãe. “Se for caro, eu digo e ele já sabe que aquilo não pode”, explica Jerusa, que é mãe também de Maria Luiza, de 11 anos. “Os pais devem dar orientação, trabalhando a frustração com os filhos, que também é necessária, mostrando que nem sempre eles podem ter aquilo que querem”, conta a mãe que, no período de Natal, sai com o marido, o dentista Tamar Eduardo, 43, e os filhos para olharem juntos as possibilidades de presentes.



Quando quer algo mais caro, Maria Luiza garante que junta a mesada para comprar. Nos últimos meses, a menina não recebeu nada. “Mas eu sempre explico para eles o porquê. Ela sabe que não está ganhando porque ficou mais complicado pois estamos reformando o quarto novo dela como presente de Natal”.



Conscientização - Conscientizar as crianças, por mais novas que sejam, de que existem limitações a todas as famílias é o primeiro passo para que os pais comecem a trabalhar a educação financeira dos filhos, de acordo com o consultor de finanças pessoais Ângelo Guerreiro.



“A educação financeira deve ser uma preocupação da escola também, pois a formação tem que começar lá no ensino fundamental. As crianças estão tendo acesso a uma série de meios de consumo, por mais que elas não percebam, só que todas essas demandas geram impactos financeiros”, explica o consultor.



Guerreiro adverte que não adianta começar a lidar com a educação financeira das crianças justo na época de Natal. A recomendação do especialista é que o assunto seja tratado no dia-a-dia familiar e os exemplos devem vir dos próprios pais. “A educação financeira se constrói no cotidiano. Impor limites, explicando sempre as razões da negativa, é muito importante. Sutilmente, elas precisam entender que existem outra prioridades na família, como educação, alimentação e saúde, que não podem ser comprometidas por presentes”.



Os pais que tiverem condições podem até comprar um presente mais caro, embora tenham que observar alguns detalhes: “Ver se o brinquedo vai trazer benefícios para o desenvolvimento da criança e comprar algo adequado para a idade. Brinquedo de armas, por exemplo, devem ser evitados para não incitar a violência”, destaca a advogada Tatiana de Queiroz, da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), que recomenda ainda aos pais que priorizem o pagamento 13º salário para a quitar dívidas.



Confira dicas para a compra do presente



1 - Para encontrar o melhor preço, pesquise em lojas de rua, shoppings e internet. Se optar pela compra online, não se esqueça de encomendar com antecedência, confirmando o prazo de entrega;



2 - Se verificar que o produto que comprou pela internet veio com defeito ou não foi o que imaginava, é possível trocá-lo ou receber o dinheiro de volta, reclamando em um prazo de até 7 dias;



3 - Além de verificar se o produto tem certificação do Inmetro, verifique o prazo de validade e se há condições de garantia;



4 - Se o brinquedo for eletrônico, adquira pilhas ou carregue as baterias antes de dar para que a criança use-o de imediato. As pilhas não devem ser de fácil acesso para as crianças. O ideal são aqueles com parafusos;



5 - Se o presente for bicicleta, skate ou patins, compre também os equipamentos de segurança, como capacete, joelheira e cotoveleira. Eles são fundamentais para garantir a segurança;



6 - Não compre brinquedos com formas e cheiros semelhantes aos alimentos, pois as crianças tendem a engoli-los. Também evite aqueles com ruídos excessivos, que podem causar danos à audição.




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