S.O.S.da Criançada - Dia 11/ Setembro 2010

Palmada em criança pode virar crime.

Esse Projeto de lei que pune os pais que derem uma simples palmada nos filhos divide os especialistas e provoca espanto nas famílias, que o consideram absurdo.

Não deve ser fácil educar um filho. Menos fácil ainda deve ser educar sem alguma forma de repressão, educar com paciência e ficar na expectativa de que todo seu esforço valeu por uma palmada.

A “lei da palmada”, como está sendo chamada, é uma tentativa de educar os pais na forma de como devem educar seus filhos. Parece irônico, mas é o que diz a lei. Além disso, ela fala de punição aos pais que tentarem qualquer forma de educação com uso de força física ou castigos corporais na educação dos filhos. O artigo 18 da lei diz: “A criança e o adolescente têm direito a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, no lar, na escola, em instituição de atendimento público ou privado ou em locais públicos”. E ainda alerta aos pais: “Verificada a hipótese de punição corporal em face de criança ou adolescente, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos, os pais, professores ou responsáveis ficarão sujeitos às medidas previstas no artigo 129, incisos I, III, IV e VI desta lei, sem prejuízo de outras sanções cabíveis”.

Ora, não está escondido no quarto dos fundos do bom senso a premissa de que educar com espancamento é correto. Arrancar sangue de uma criança ou deixá-la marcada com hematomas pelas agressões, isso todos, salvo os que sofrem de algum distúrbio psíquico, devem saber que é, sem dúvida alguma, um erro inquestionável.

No entanto, punir os pais e chamá-los de criminosos por educarem os filhos com palmadas, isso sim é questionável. A lei tem o direito de criar meios para proteger, assegurar, punir; mas, intervir na criação dos filhos dos outros, isso não. Até a Bíblia diz que a correção aos filhos, para dar-lhes limite, é saudável. E correta.

No livro de provérbios, o Rei Salomão, homem mais sábio do mundo, diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Provérbios 13:24) Certamente, o rei sabia a diferença entre corrigir com palmadas e espancar. Mesmo assim, era categórico em afirmar que a “vara”, ou seja, a repreensão mais incisiva era essencial.

O que podemos aprender com isso é que nem sempre uma simples conversa resolve. Nem sempre a ameaça de retirar o vídeo game ou o computador por uma semana da vida da criança também resolve.

As vezes, o que a criança precisa é de uma correção maior, tal qual pede a Bíblia. Não de forma a deixá-la marcada, traumatizada, mas sim educada, respeitadora, consciente de seus atos e erros e sabendo que não é o céu o seu limite, mas o respeito aos seus pais e aos outros.

Não é raro vermos crianças cheias de vontade, com excesso de mimo e pais sem saber o que fazer; pais que parecem amiguinhos tentando remediar situações de estresse dos filhos e ficando totalmente estressados. O difícil é ver, pelo menos hoje, pais que consigam impor sua autoridade (e não autoritarismo) para que os filhos vejam e sintam quem manda e quem obedece.

Filhos precisam de pais que os eduquem de fato e não apenas de amigos para compartilhar confidências. Pais presentes, respeitadores e exemplares têm mais chances de terem filhos da mesma forma. Para isso, a base desta educação deve ser o temor – dos pais a Deus e dos filhos aos pais. É o que diz Salomão: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Provérbios 29:15)

O curioso é que a orientação bíblica contraria a sugestão de alguns especialistas, que defendem a “lei da palmada” porque acreditam que isso impede a violência, já que, segundo eles, a criança que recebe palmada pode tornar-se agressiva. Logicamente, casos extremos de violência podem gerar mais violência, mas dizer que palmada é o fator propulsor que gera violência é tirar dos pais o dever de disciplinar e dos filhos o direito de serem educados, não de forma violenta, mas sábia.

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